Pode até ser considerado um fenômeno de “tempos modernos”, mas há testemunhos e pinturas sobre troca de casais e encontros orgiásticos já em culturas muito antigas.
Certamente, hoje em dia a web tem ampliado o fenômeno do swing à enésima potência, inclusive no Brasil.
As trocas, e falamos quase exclusivamente casais heterossexuais, podem acontecer em casas particulares, clube de swing ou em motéis, e muitas vezes são organizadas através da internet.
Existem variações, dependendo se há uma participação ativa de todos os membros dos casais ou se alguns se limitam a assistir e, talvez se masturbando.
As regras são muito específicas e pode incluir roupas, locais de encontro e práticas sexuais.
Os motivos mais comuns que levam à troca de casal são a transgressão e a intenção de dar uma nova vida à relação, de acordo com alguns, a “traição regulada” de acordo com os outros.
Muitas pessoas que chegam a esta prática de fato se queixam do tédio, da estagnação do relacionamento, da falta de atenção especialmente nas mulheres e de uma necessidade de estímulo e adrenalina nos homens.
Sexualidade e sedução no par devem ser alimentadas, e nunca um dado adquirido, de fato, os “amantes” funcionam até não cair na banalidade e na rotina, até que haja algo desconhecido para conquistar, um sexo clandestino talvez vivido com cumplicidade. Mas, muitas vezes, não estamos falando do jogo de sedução e do uso da imaginação, mas de mera infração referente à “regra social” que vê isso como imoral e errado.
Uma possível razão pode estar na necessidade psicológica de confirmações, para se sentir desejado/a. Ou ver sua parceira satisfeita por um outro homem, talvez com um melhor desempenho na cama, pode induzir a concorrência estimulando o parceiro habitual a se desempenhar melhor, mas, por outro lado, em pessoas inseguras e com baixa auto-estima, remove o peso de não se sentir à altura de satisfazer sua parceira na cama.
Uma regra básica desta prática é a falta de envolvimento emocional com os parceiros casuais. Mas a conexão íntima que existe entre sexo e emoção e o tentar de controlar e bloquear essa parte de si mesmo irá facilmente para “colidir” com as suas exigências de prazer em si. O prazer orgásmico, de fato, especialmente em mulheres, precisa exatamente de se soltar completamente, perdendo o controle por uma fração de tempo.
Em última análise, talvez o compartilhamento real no swing parece ser a escolha feita por mútuo acordo do casal com quem fazer a “troca” e a cumplicidade da própria transgressão.
E ainda essas experiências podem deixar uma sensação de vazio e insatisfação, e muitos desses casais acabam quebrando-se, às vezes, porque um dos dois cede aos sentimentos, ou porque o próprio casal cede à pressão do ciúme, da frustração e decepção com o aspecto curativo desta atividade.
Além disso, a ambivalência é inerente ao ser humano e, neste caso, ela se manifesta como a necessidade, por um lado, de liberdade, e, em segundo lugar, de pertencimento e exclusividade.